tag:blogger.com,1999:blog-68728588419487500832024-02-21T02:46:12.160+00:00D.João III-15º rei de PortugalRecomenda-se a leitura dos livros indicadas como fontes. As entradas neste blog, são pequenos apontamentos de estudo.Factos acontecidos no País neste reinado(1521 a 1557)Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-82639044921603321282012-10-17T23:36:00.001+01:002012-10-17T23:38:31.196+01:00Acontecimentos no ano de 1525<ul>
<li><b><span style="color: #cc0000;">A chegada de Catarina de Áustria a Portugal</span></b></li>
</ul>
<b>Catarina de Áustria chega a Badajoz no dia 7 de Fevereiro de 1525, ficando ai a residir durante 6 dias antes de entrar em Portugal, assistindo a inúmeras festas que incluíam bailes e outros festejos muitos de cariz popular, que tiveram continuidade durante o tempo que demorou a deslocação de todo o séquito que D.Catarina trouxera, no percurso inicial da entrada em Portugal.</b><br />
<b><br /></b>
<b>O encontro entre D.João e D.Catarina foi em Estremoz, onde o rei chegara de forma anónima. No dia seguinte o rei ne a rainha foram ouvir missa na igreja de São Francisco, acontecendo um baile à noite, realizando-se inúmeras touradas durante o dia.</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<ul>
<li><b><span style="color: #cc0000;">Cortes de Torres Novas </span></b></li>
</ul>
<b><br /></b>
<b>Estas Cortes foram marcadas por muitos protestos dos populares face à situação do reino, fosse pela falta de mão de obra na lavoura, fosse pela administração da justiça, fosse ainda porque os cristãos-novos, alegadamente, envenenavam cristãos-velhos (a questão era candente: estava-se num ano de peste e a profissão médica era dominada por judeus conversos e seus descendentes). Isto terá justificado D. João III no seu pedido ao papa de instituição do Santo Ofício no reino. Foi ainda decidido que se passariam a realizar Cortes a intervalos regulares de dez anos (disposição que de forma alguma se veio a cumprir) e foram aprovados impostos destinados a custear o dote da infanta D. Isabel, que se iria casar com Carlos V.</b><br />
<b><br /></b>
<b>Fonte:Infopédia</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<ul style="color: red;">
<li><b>Casamento da Infanta Isabel e Carlos V</b></li>
</ul>
<b>Acabadas a s cortes de Torres Novas e o contrato de casamento ali celebrado, perante os embaixadores de Carlos V, Carlos Popet e o seu conselheiro Juan de Zuniga e os procuradores do rei de Portugal, D.António de Noronha e Pêro Correia, a corte passa então para Almeirim, para se celebrar o casamento.</b><br />
<br />
<b>Assim no dia 1 de Novembro, no paço régio em Almeirim realizou-se o casamento de sua irmã Isabel com o imperador Carlos V. Recorde-se a importância deste casamento para Portugal, um sonho de D.Manuel, que a unia ao soberano mais importante do Ocidente, filho de Filipe o Belo, herdeiro de Maximiliano I imperador Germano-Românico e Joana cognominada a Louca, herdeira dos Reis católicos de Espanha. </b><br />
<br />Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-11954967485461773492012-09-03T21:18:00.006+01:002012-09-06T23:46:10.546+01:00Acontecimentos no ano de 1524<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Conferência de Badajoz</span><br /></li></ul><div id="divartigo" style="color: rgb(64, 69, 75); font-family: Verdana; font-size: 12px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><div id="infoCliqueContainer"><div id="divDocumento" class="Azul_Artigo" style="font-family: Verdana; font-size: 1.1em; color: rgb(64, 69, 75); font-weight: normal; text-decoration: none; line-height: 19px;"><span>Reunião</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>peritos</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>(cartógrafos,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>cosmógrafos,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>pilotos,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>etc.)</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>ocorrida</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>em 11 de Abril de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>1524,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>destinada</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>a</span><span> resolver</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>a</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>questão</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>da</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>posse</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>das</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Molucas,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>em</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>dúvida</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>devido</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>à</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>dificuldade</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>determinar</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>o </span><span>meridiano</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>acordado</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>no</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span></span><span>Tratado</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Tordesilhas</span><span>.</span><span><span class="Apple-converted-space"><br /><br /></span></span><span>A</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>delegação</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>portuguesa</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>incluía</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>personalidades</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>como</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>António</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Azevedo</span><span> Coutinho,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span></span><span>Diogo</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Lopes</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Sequeira</span><span>,</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Lopo</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Homem</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>e</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Simão</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Fernandes.</span><span><span class="Apple-converted-space"><br /><br /></span>O</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>diferendo</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>só</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>foi</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>resolvido</span><span>com</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>o</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span></span><span>Tratado</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>Saragoça</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>de</span><span><span class="Apple-converted-space"> </span>1529.</span></div></div></div> <ul style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;"><li>Casamento com Catarina de Áustria</li></ul><span style="font-weight: bold;">O casamento por procuração de D.João III com D.Catarina realizou-se em Burgos no dia 8 de Julho de 1524,durante uma viagem do imperador Carlos V a Espanha, que assistiu à cerimónia com todo o seu séquito que incluía a irmã mais velha Leonor, viúva do nosso rei D.Manuel e que no ano anterior já tinha regressado a Espanha.</span> <span style="font-weight: bold;">Mais tarde Carlos V exigiu que a irmã voltasse a casar, considerando que aquele casamento tinha sido provisório, eventualmente porque a dispensa papal devido à consanguinidade entre os noivos (primos direitos) e que custara a a D.João 6000 ducados, tanto quanto pagara a Clemente VII e que só chegara a Espanha a 25 de Agosto daquele ano</span> <span style="font-weight: bold;">Voltou portanto a realizar-se em Tordesilhas, onde a rainha de Portugal permaneceria até ao ano seguinte enquanto preparava o numeroso séquito que a acompanharia a Portugal</span><br />Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-69827040573654305582012-07-07T22:31:00.007+01:002012-07-07T22:54:17.040+01:00Acontecimentos no ano de 1523<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Damião de Góis é nomeado feitor em Antuerpia</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">De família nobre, Damião de Góis era filho do almoxarife Rui Dias de Góis, valido do Duque de Aveiro e da sua quarta esposa 'Isabel Gomes de Limi, descendente de Nicolau de Limi, fidalgo flamengo que se estabeleceu em Portugal.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Devido à morte do seu pai, a formação de Damião de Góis foi feita na corte de D. Manuel I, a qual integrou aos nove anos como moço de câmara, e onde passou 10 anos contactando com figuras como Cataldo Sículo e o próprio futuro rei D,João.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Em 1523, D.João já rei manda-o para a Flandres como escrivão da Feitoria Portuguesa de Antuérpia, instituição que negoceia as mercadorias vindas do Oriente.</span><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Nascimento de D.Manuel filho natural</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Manuel, Infante de Portugal, tido em 1523 de Dona Isabel Moniz, moça da câmara da Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, e filha de um alcaide de Lisboa apelidado O Carranca.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> Passou seus primeiros anos em Sintra no mosteiro de Penhalonga. Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo: assim, foi chamado Duarte de Portugal (1523 - 1543), arcebispo de Braga. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Permaneceu no mosteiro da Costa em estudos até 1542. Em 1542 o rei o autorizou a sua visita na corte. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Homem extremamente culto, traduziu para o latim a maior parte da Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão. Recebeu do Papa Paulo III a Sé de Braga, onde entrou em 12 de Agosto de 1543. Faleceu a 10 de Novembro deste ano, de varíola.</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-57751994467469210222012-06-07T23:18:00.006+01:002012-06-07T23:50:57.346+01:00Acontecimentos no ano de 1522-2ºparte<ul><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">Embaixada enviada a Carlos V</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Luís de Silveira, embaixador </span>extraordinário<span style="font-weight: bold;"> de D.João III, partiu em Setembro com uma faustosa embaixada , portador de amplos poderes e de instruções precisas para dar continuidade ao projecto de casamento da infanta D.Isabel, filha de D.Manuel com o imperador Carlos V, dando seguimento ao projecto há muito alimentado por D.Manuel para casar a infanta portuguesa com o rei mais poderoso da Europa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Segundo se diz no portal da História </span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">Havia na corte muitos invejosos do valimento de que gozava Luís da Silveira, que aproveitaram com jubilo esta ocasião de o verem fora da corte. Luís da Silveira ganhou nesta embaixada a amizade de Carlos V, mas perdeu a privança de D. João III. </span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">Procedera sempre na embaixada com grande bizarria e fausto, e isso mesmo lhe era lançado em rosto. Quando voltou a Portugal, e foi a Évora apresentar-se ao soberano, foi acolhido com bastante frieza, o que muito o magoou. </span><br /><br /><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">As cartas elogiosas que Carlos V escrevera a seu respeito, longe de lhe fazerem bem, o prejudicaram muito. Luís da Silveira percebeu, que já nada tinha que fazer na corte, e pediu licença para se retirar ás propriedades que possuía em Góis,D. João III deu-lhe logo a licença pedida, e ao mesmo tempo, fingindo que satisfazia assim os desejos de Carlos V, deu a Luís da Silveira a vila e o título de conde de Sortelha</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(153, 0, 0);">Política neutral face ao imperador e aos franceses</span><br /></li></ul><span style="font-weight: bold;">Várias vezes assediado quer por Francisco I rei de França, quer por Carlos V, para Portugal alinhar num dos lados do longo conflito que os separava, Em Março deste ano D.João III recusa integrar uma liga contra a França, a pedido do imperador, a quem em Fevereiro enviara uma delegação chefiada por João da Silveira, continuando uma política de imparcialidade entre os envolvidos naquele conflito, sendo que com ambos tinha litígios nomeadamente o caso das Molucas com Carlos V ou a pirataria a navios portugueses com os franceses</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> </span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-44736934348395212112012-04-24T23:39:00.008+01:002012-04-27T22:51:49.969+01:00Acontecimentos no ano de 1522<ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">São Tomé é incorporado nos bens da coroa</span><br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">João de Melo na sua actuação enquanto capitão donatário desde 1517 quando sucedeu a seu pai seguiu em quase tudo, uma continuação da política do seu antecessor.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Privilegiando, como actividade económica, o tráfico de escravos e investe pouco na agricultura vindo a praticar várias ilegalidades que levam a que seja obrigado a embarcar sob prisão para Lisboa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mesmo nessa viagem a que foi coagido, continuou, no entanto, a acumular infracções, já que permitiu que embarcassem com ele quatro degredados que, na ilha, estavam deportados por toda a vida.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Além disso, tendo-se cruzado no alto mar com um navio que se dirigia para São Tomé, fez-lhe sinal, a pretexto de querer enviar correio. Ao saber que, a bordo, seguia um tal Gil de Góis, degredado para São Tomé por morte de certos homens, exigiu que o capitão lhe entregasse, sob ameaça, não só o homicida como um seu criado.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">As autoridades perdem, em seguida, o rasto dos degredados e do capitão, que quebrara irremediavelmente sua menagem e fidalguia.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Julgado à revelia, foi sentenciado pela Relação, em 19 de Dezembro de 1522, a degredo perpétuo para a ilha do Príncipe (por ser cavaleiro da Ordem de Cristo não pôde ser castigado com pena maior). Além disso, o rei manda que perca a dita capitania [de São Tomé] para nós dela podermos fazer o que houvermos por mais nosso serviço, do que veio a resultar a incorporação da ilha, nesse mesmo ano de 1522, nos bens da coroa.</span><br /><br /><ul style="font-weight: bold;"><li><span style="color: rgb(204, 0, 0);">O acordo de Sunda Kalupa</span><br /></li></ul><br /><span style="font-weight: bold;">Devido ao crescente domínio islâmico o rei hindu de Sunda procurou ajuda junto dos portugueses, procurou fazer um acordo de comércio e de protecção militar, convidando a construírem uma fortaleza no seu principal porto a actual Jacarta.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O comandante da fortaleza de Malaca era Jorge de Albuquerque que enviuou Henrique Leme com valiosos presentes para celebrar esse acordo que aconteceu a 22 de Agosto de 1522 e pelo seu texto além de permitir a construção da referida fortaleza, onde os portugueses poderiam carregar muitos navios com pimenta e outras especiarias.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Além disso prometia a cada ano a doação de mil sacos de pimenta, mais de 20 tolenadas para o rei de Portugal, por certo a troco do referido apoio militar</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os portugueses não conseguiriam cumprir a promessa de voltar no ano seguinte para a construção da fortaleza</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6872858841948750083.post-64714426348747312702012-03-21T22:43:00.011+00:002012-03-22T00:09:36.280+00:00A aclamação do novo rei<span style="font-weight: bold;">A tradição do reino que a aclamação do novo rei acontecesse 3 dias depois da morte do anterior rei. Desta vez por várias razões entre elas o mau tempo que em Dezembro, acontecia no reino de Portugal, a cerimónia só aconteceu no dia 19 de Dezembro, como estava determinado no alpendre do Convento de São Domingos, no Rossio em Lisboa.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Tinha D.João 19 anos, tendo se apresentado na cerimónia ricamente vestido de acordo com a sua condição de soberano dum dos países mais ricos da época. Acompanhado de seus irmão os infantes D.Luís e D,Fernando e de todos os grandes do reino o séquito seguiu a cavalo fazendo o percurso entre o Paço Real e o referido convento.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Esperava outro dos seus irmãos o cardeal infante D.Afonso, que do alto da veterania dos seus 14 anos, já ostentava aquele título desde 4 anos antes quando o papa Leão X o nomeara cardeal. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Depois do discurso do doutor Diogo Pacheco, seguiu-se o juramento de D.João colocando as mãos sobre o evangelho e uma cruz de ouro, declarando</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;"> </span><span style="color: rgb(153, 0, 0); font-weight: bold;">Juramos e prometemos de com a graça de Deus, vos reger e governar bem e directamente e vos ministrar directamente justiça, quando a humana fraqueza permite e de vos guardar vossos bons costumes, privilégios, graças, mercês, liberdade e franquezas, que pelos reis passados, nossos predecessores, vos foram dados e outorgados, confirmados e dados por El-rei, nosso senhor e Padre, cuja alma Deus haja.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Seguiram-se os juramentos de fidelidade de toda a nobreza, encabeçadas naturalmente pelo seus irmãos como figuras mais destacadas da corte, após o que foi ouvido tradicional anuncio feito por 3 vezes, pelo alferes-mor o conde de Tarouca</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Real, real, real, pelo muito alto e muito poderoso Senhor El-rei D.João nosso senhor.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">No regresso ao Paço, para além das manifestação de jubilo popular, perante o cortejo real, o Rei recolheu a um cenário de luto pela morte de seu pai, despojando as luxuosas vestes e recolhendo-se a uma câmara paramentada de panos pretos.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Na sexta-feira seguinte D.João III visitou nos seus aposentos a rainha viúva D.Leonor, que lhe terá manifestado o desejo de se recolher ao Convento da Madre de Deus, o que viria a acontecer</span>Luís Filipe Maiahttp://www.blogger.com/profile/13532689437497220876noreply@blogger.com0