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terça-feira, 24 de abril de 2012

Acontecimentos no ano de 1522

  • São Tomé é incorporado nos bens da coroa

João de Melo na sua actuação enquanto capitão donatário desde 1517 quando sucedeu a seu pai seguiu em quase tudo, uma continuação da política do seu antecessor.

Privilegiando, como actividade económica, o tráfico de escravos e investe pouco na agricultura vindo a praticar várias ilegalidades que levam a que seja obrigado a embarcar sob prisão para Lisboa.

Mesmo nessa viagem a que foi coagido, continuou, no entanto, a acumular infracções, já que permitiu que embarcassem com ele quatro degredados que, na ilha, estavam deportados por toda a vida.

Além disso, tendo-se cruzado no alto mar com um navio que se dirigia para São Tomé, fez-lhe sinal, a pretexto de querer enviar correio. Ao saber que, a bordo, seguia um tal Gil de Góis, degredado para São Tomé por morte de certos homens, exigiu que o capitão lhe entregasse, sob ameaça, não só o homicida como um seu criado.

As autoridades perdem, em seguida, o rasto dos degredados e do capitão, que quebrara irremediavelmente sua menagem e fidalguia.

Julgado à revelia, foi sentenciado pela Relação, em 19 de Dezembro de 1522, a degredo perpétuo para a ilha do Príncipe (por ser cavaleiro da Ordem de Cristo não pôde ser castigado com pena maior). Além disso, o rei manda que perca a dita capitania [de São Tomé] para nós dela podermos fazer o que houvermos por mais nosso serviço, do que veio a resultar a incorporação da ilha, nesse mesmo ano de 1522, nos bens da coroa.

  • O acordo de Sunda Kalupa

Devido ao crescente domínio islâmico o rei hindu de Sunda procurou ajuda junto dos portugueses, procurou fazer um acordo de comércio e de protecção militar, convidando a construírem uma fortaleza no seu principal porto a actual Jacarta.

O comandante da fortaleza de Malaca era Jorge de Albuquerque que enviuou Henrique Leme com valiosos presentes para celebrar esse acordo que aconteceu a 22 de Agosto de 1522 e pelo seu texto além de permitir a construção da referida fortaleza, onde os portugueses poderiam carregar muitos navios com pimenta e outras especiarias.

Além disso prometia a cada ano a doação de mil sacos de pimenta, mais de 20 tolenadas para o rei de Portugal, por certo a troco do referido apoio militar

Os portugueses não conseguiriam cumprir a promessa de voltar no ano seguinte para a construção da fortaleza