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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Acontecimentos no ano de 1522-2ºparte

  • Embaixada enviada a Carlos V
Luís de Silveira, embaixador extraordinário de D.João III, partiu em Setembro com uma faustosa embaixada , portador de amplos poderes e de instruções precisas para dar continuidade ao projecto de casamento da infanta D.Isabel, filha de D.Manuel com o imperador Carlos V, dando seguimento ao projecto há muito alimentado por D.Manuel para casar a infanta portuguesa com o rei mais poderoso da Europa.

Segundo se diz no portal da História

Havia na corte muitos invejosos do valimento de que gozava Luís da Silveira, que aproveitaram com jubilo esta ocasião de o verem fora da corte. Luís da Silveira ganhou nesta embaixada a amizade de Carlos V, mas perdeu a privança de D. João III.

Procedera sempre na embaixada com grande bizarria e fausto, e isso mesmo lhe era lançado em rosto. Quando voltou a Portugal, e foi a Évora apresentar-se ao soberano, foi acolhido com bastante frieza, o que muito o magoou.

As cartas elogiosas que Carlos V escrevera a seu respeito, longe de lhe fazerem bem, o prejudicaram muito. Luís da Silveira percebeu, que já nada tinha que fazer na corte, e pediu licença para se retirar ás propriedades que possuía em Góis,D. João III deu-lhe logo a licença pedida, e ao mesmo tempo, fingindo que satisfazia assim os desejos de Carlos V, deu a Luís da Silveira a vila e o título de conde de Sortelha

  • Política neutral face ao imperador e aos franceses
Várias vezes assediado quer por Francisco I rei de França, quer por Carlos V, para Portugal alinhar num dos lados do longo conflito que os separava, Em Março deste ano D.João III recusa integrar uma liga contra a França, a pedido do imperador, a quem em Fevereiro enviara uma delegação chefiada por João da Silveira, continuando uma política de imparcialidade entre os envolvidos naquele conflito, sendo que com ambos tinha litígios nomeadamente o caso das Molucas com Carlos V ou a pirataria a navios portugueses com os franceses